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A importância de ensinar limites aos filhos.

Um dos maiores medos dos pais ao pensarem em ensinar limites a seus filhos é o de parecer autoritário e perder o amor dos filhos. As crianças hoje são respeitadas em suas individualidades e emoções, os pais precisam direcionar, ensinar, educar, dialogar e respeitá-las, sem autoritarismo, mas exercendo a autoridade hierárquica.

A educação e socialização começam nas famílias, onde as primeiras normas e regras são instituídas para o convívio social. Começa-se a apresentação dos limites, regras e normas que norteiam e regem o convívio social através do respeito, igualdade e ética, primeiramente apresentado pela família, mais tarde pela escola, depois pela comunidade e outros grupos sociais. Os limites são organizados de modo a fazer o convívio social ser possível através de regras e normas norteadoras dentro da sociedade, com cultura, costumes e valores que a delimitem e sejam reconhecidos por todos os seus membros. Caberá à família ensinar a criança que existem regras e que essas regras organizam nossas vidas e o convívio social.

Segundo Dolto (1998), a colocação de limites não significa a imposição de uma série de comportamentos, relaciona-se com o ato de ajudar a criança a construir-se, ensinando-lhe o respeito por si mesmo, através do respeito dos adultos por ela. A percepção dos limites inicia com o conhecimento do próprio corpo, do mundo, das regras e dos interditos da sociedade. Isto traz à criança a possibilidade de desenvolver também o senso crítico. A educação dos limites inclui a assimilação do princípio da realidade, ou seja, a ideia de que os desejos são legítimos, mas nem sempre realizáveis. A criança deve ser instruída sobre seus limites, possibilidades e perigos.

Os limites começam desde a mais tenra idade, com horário para alimentação, banho, cuidados pessoais, descanso e brincadeiras. Essas condutas são importantes para conduzirem as crianças a organizarem e internalizarem os limites, que são as normas básicas da sociedade, isso lhes dá segurança e sensação de proteção, cuidado, atenção e afeto.

As dificuldades encontradas pelas famílias na educação dos limites poderão ocorrer no relacionamento conjugal. Para que os limites sejam colocados de maneira eficaz é necessário que os pais estejam de acordo com os mesmos e ajam em concordância frente aos filhos a respeito das regras que decidam estabelecer, uma discordância diante dos filhos passará dúvida quanto ao valor do limite.

Crianças com limites estabelecidos pelos pais reconhecem as autoridades, não como entidades de regras autoritárias e arbitrárias, mas como proteção para si e outros que convivem no mesmo ambiente.

Pesquisas mostram que a falta de limites pode trazer prejuízos ao desenvolvimento psicossocial do indivíduo. As estatísticas mostram que crianças onde as famílias não estabelecem limites claros ou relaxam em cumprirem as consequências das regras estabelecidas, são negligentes, inconsistentes em suas práticas educativas, abusivos e coercitivos, monitoramento pobre e inadequado, podem produzir indivíduos inseguros, instáveis emocionalmente, com a socialização prejudicada, problemas no desempenho escolar, tóxico dependentes, agressivos, possíveis envolvimentos em situações de risco e infratores.

Outra forma de ensinar limites é através da modelagem ou modelação, que consiste no exemplo dos pais aos filhos através do comportamento, da identificação e interação, de valores, normas e diálogos referentes a temas como justiça, honestidade, generosidade, empatia, respeito e outros. Os valores aprendidos no seio da família serão reproduzidos pelos filhos nas demais interações e relacionamento sociais e pessoais

Entendamos então o que significa o termo autoritário. Autoritário é alguém que impõe sua própria vontade, sem nenhum interesse ou preocupação com o outro, sem diálogo, apenas porque está com vontade. A família que possui esse padrão de comportamento desrespeita limites, sendo assim, alguém não pode dar ou ensinar o que não tem. Sua palavra é inconsistente diante dos outros, trazendo insegurança à criança, a coerência é importante para assegurar a criança que o ensinamento é consistente, faz sentido e deve ser copiado. Logo comportar-se de forma autoritária fora de casa ou com seus empregados e ser permissivo com seu filho por medo de ser autoritário, faz com que seu comportamento seja incoerente, um dos maiores venenos para o ensinamento dos limites dentro da família.

Segundo o dicionário Michaelis, a palavra limite significa: linha de demarcação; extremo, fim, termo; fronteira; marco; alcance máximo ou mais distante de um esforço; ponto máximo que qualquer coisa não pode ou não deve ultrapassar. Seu significado sugere, por um lado, fronteira, delimitação entre territórios e, de outro, a noção de transpor e de ir além. Observamos três dimensões: a de transpor os limites para a maturidade e a excelência; respeitá-la em prol da moralidade; e construir limites que permitam preservar a própria intimidade.

Por tudo isso, famílias, aprendam que limites são importantes para a saúde emocional, social, acadêmica, profissional e caráter do seu filho.

Você tem dificuldade de estabelecer limite a seu filho por medo de errar, culpa ou qualquer outro motivo, busque ajuda!

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